quarta-feira, 22 de julho de 2009

Belle and Sebastian

Enquanto a parte dois do From Brazil não sai, vamos de B&S.


Belle and Sebastian foi mais uma das descobertas que eu fiz através do cinema. Depois de assistir Juno, eu fui atrás da trilha sonora do filme e nela havia duas músicas deles. E eu adorei. Então, algum tempo depois fui atrás dos cd’s e ouvi o Dear Catastrophe Waitress (2003).


Na época, aconteceu a mesma coisa que eu já citei aqui no post do Radiohead: eu não gostei imediatamente. Assim como o Pablo Honey, esse álbum do Belle and Sebastian ficou “na geladeira” até meu gosto musical amadurecer. Só ouvindo depois de algum tempo foi que eu percebi como era bom.


Belle and Sebastian foi o nome dado em homenagem a Belle et Sébastien, um livro infantil do escritor francês Cécile Aubry que narra a história do menino Sébastien e seu cachorro Belle. A banda se formou quando Stuart Murdoch e Stuart David (este saiu da banda algum tempo depois) se encontraram em janeiro de 1996 e começaram a tocar juntos. Murdoch, no entanto, precisava de um trabalho de conclusão de curso na faculdade, então eles juntaram mais alguns amigos e gravaram um single para esse trabalho. Já que o negócio foi bom, resolveram gravar um disco, o Tigermilk, que saiu em julho do mesmo ano. Apenas mil cópias, todas em vinil. Uma raridade. [alguém tem? quer vender por menos, bem menos, que 400 euros? tô aceitando.]


Pela Last.fm: Tinham planos de gravar dois discos e se separarem, porém, algo começou a acontecer. A crítica inglesa passou a endeusá-los, mas ninguém conseguia imagens ou entrevistas da banda, o que aumentou ainda mais o culto. Os escoceses receberam inúmeras propostas de gravadoras grandes, mas, com medo de perder a liberdade criativa, assinaram com a pequena Jeepster.


Bom, hoje em dia as coisas não estão mais tão mistificadas assim. Eles assinaram com outras gravadoras (inclusive lançaram quatro álbuns e alguns EP’s pela gravadora brasileira Trama), deram algumas entrevistas, fizeram turnês e até gravaram uns clipes.


Belle and Sebastian fazem o tipo de som fofo [isso mesmo] que você ouve sorrindo. Pode não agradar imediatamente os roqueiros de plantão, mas pode dividir sua vida em antes e depois de B&S também. Só não se deixe enganar completamente por toda essa atmosfera fofa e leve, porque as letras não são nada inocentes. Meio difícil definir o que é esse som, pois não é rock, nem folk, nem pop, nem nenhuma outra grande classificação comum. Na falta de definição melhor, são indie. Simples assim.


Difícil dizer qual o melhor álbum, cada qual diz que é um diferente. Pra mim, é o Dear Catastrophe Waitress, o primeiro que ouvi. Mais influenciado pelos anos setenta, com coisas lindas como Piazza, New York Catcher e Asleep on a Sunbeam. O If You’re Feeling Sinister (1996) também é um primor, porque você não pode morrer antes de ouvir Get Me Away From Here, I’m Dying e The Fox in the Snow. O importante é conhecer essa maravilha, porque, se me permitem a figura de linguagem estranha quando o assunto é música, Belle and Sebastian exala qualidade por todos os poros.



Álbuns de estúdio:


Tigermilk (1996)

If You’re Feeling Sinister (1996)

The Boy with the Arab Strap (1998)

Fold Your Hands Child, You Walk Like a Peasant (2000)

Storytelling (2002)

Dear Catastrophe Waitress (2003)

Push Barman To Open Old Wounds (2005)

The Life Pursuit (2006)

2 comentários:

Snug® disse...

Retribuindo a visita, aqui estou para agradecer seu comentário e para reafirmar que a blogosfera é fundamental. Com essa ferramenta consigo manter minhas relações sociais, já que o absurdo está a solta... Meus ouvidos merecem proteção contra as rádios medíocres que poluem as cidades brasileiras. Isso sem citar os comentários por aí... kkk Seu blog tá meio louco, mas gosto disso! hehe Bjim.

' Rôh disse...

Juro que vou escutar alguma música da banda, dps de toda essa biiiiiiiiiiografia!
Tu descobriu até q o nome é de um livro infantil de um escritor francês[..]

Nuss, o.O"



=D

Roh

 

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