quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Arcade Fire

Bom, eu sei que estou devendo a terceira parte da trilogia From Brazil. Mas garanto que ainda sai, só não digo quando porque vocês devem perceber que eu tenho uns certos desentendimentos com tempo. Adianto uma coisa: vai ser sobre Vanguart.

Antes de Arcade Fire, uma ótima notícia: lembram que eu tinha dito que o lado e. acabou? Pois bem, ele acabou, mas a e. começou um novo blog, o walk in fire :D

Arcade Fire (ou The Arcade Fire, como queira) é uma banda canadense de indie rock. Eu ouvi assim como quem não quer nada, mas gostei imediatamente. A banda, formada por nada mais, nada menos do que sete integrantes (!), já começou fazendo sucesso. O primeiro álbum, Funeral (2004), simplesmente foi esgotado das prateleiras. O segundo é o Neon Bible (2007), e esse ainda não ouvi, mas “estreou na primeira posição das paradas de álbum do Canadá e em segundo lugar na Billboard Top 200, a posição mais alta já alcançada por um álbum de estreia” (Last.fm). Não é pouco, né?

O som é melancólico, meio experimental, dolorido, e por algum motivo me lembrou um pouco a claustrofobia do Wolf Parade e um tantinho de Seagull. É, eu sei, deveria dizer mais alguma coisa, mas essa é que nem Jeff Buckley: não tem muita explicação. Só vai ouvindo mesmo. Recomendo as músicas Neighborhood #2 (Laika) e Crown of Love. Aí depois você me diz como foi. E recomendo também o site oficial da banda, que é muito bem criativo e lindo.

Ah, estou aceitando indicações, ok? Botem os ouvidos pra funcionar e me contem coisas boas, please.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Regina Spektor

Perdoem a minha ausência aqui, mas é que nesses últimos dias estive me reorganizando. As aulas voltaram (finalmente) e com isso é bem provável que o ritmo das postagens diminua um pouco, mas vou tentar manter duas por semana, pelo menos a partir da semana que vem.


Ah, e tenho uma notícia ruim para dar antes de falar da Regina Spektor: não é novidade, principalmente pra quem já freqüentava, porque aconteceu há vários dias, mas o fato é que o blog lado e., que eu tanto recomendei aqui, já não existe mais. Infelizmente, o lado e. acabou. Ele me fez muito feliz, viu e.? Salvou muitos dos meus dias tediosos. Era onde eu descobria tudo. Estou órfã de um blog agora.

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Imagino que muitas pessoas só tenham conhecido Regina Spektor depois que uma música dela (Fidelity) tocou em uma novela. Ok, tudo bem. Acontece que Fidelity tem uma puxada um pouco mais pop do que as músicas do primeiro álbum, e é dele que eu vou falar.


Regina Spektor é uma cantora, compositora e pianista russa radicada nos Estados Unidos. Esse primeiro álbum de que eu falei é o 11:11, lançado em 2001 e bem recebido pela crítica – apesar de não ter vendido muito. E dá pra entender porque não vendeu tanto: não é pop o suficiente para interessar as massas. Regina Spektor faz um som cru (ou, como disse a e., se não me engano, “ardido”), difícil de gostar da primeira vez se você não tem, digamos assim, uma certa inclinação a aceitar o diferente.


É só ela e o piano, e às vezes nem ele. A música que eu mais gostei, aliás, foi justamente I Want To Sing, em que há apenas a voz dela. Nenhum instrumento. Pura e simplesmente isso. Gosto dessa “não-interferência” de nenhum outro som. Você pode estranhar o ritmo às vezes truncado, as notas “cortadas”, meio batidas. Eu gosto. É cru mesmo.


Não posso falar de toda a carreira da moça, porque não ouvi os outros álbuns. Mas recomendo você começar com 11:11, porque, se gostar dele, é muito mais fácil gostar de tudo o mais que vier pela frente.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Jeff Buckley

Um dia desses, eu estava reparando em como já fazia algum tempo que eu não escutava alguma coisa que realmente me fizesse pensar: meu Deus, como eu não descobri isso antes? Aí eu vi o nome Jeff Buckley e pensei: esse nome me lembra alguém. Pois é, esse cara é filho do Tim Buckley que, por sua vez, foi outro importantíssimo músico americano.


Bom, Jeff saiu do colegial decidido a ser músico, e resolveu que seria guitarrista pra que não fosse comparado com seu pai. Porém, em um show em homenagem ao Tim Buckley em 1991, o que o Jeff fez? Pra surpresa de todos, ele cantou. Daí pra ser reconhecido e procurado por gravadoras foi um pulo. Em 1994, sai o álbum Grace, que é logo aclamado pela crítica e por vários artistas (entre eles, Paul McCartney, Bono, Chris Cornell e Jimmy Page. Já dá pra ver que não é coisa pouca, né?). Mas, nos Estados Unidos dos anos noventa, o mercado estava mais interessado no grunge e não no seu rock relativamente calmo. Sendo assim, Grace não foi exatamente um sucesso de vendas na época, mas é sempre citado como um dos melhores álbuns de todos os tempos.


Mas Jeff Buckley morreu cedo demais: em 29 de maio de 1997, com apenas trinta anos e trabalhando em um novo álbum, morreu afogado no rio Mississipi. No ano seguinte, foi lançando o álbum póstumo Sketches for My Sweetheart the Drunk, com as músicas nas quais estava trabalhando antes de morrer.


Enfim... quando comecei a ouvir o Grace (1994), já vi que era bom. À medida que as músicas iam acabando e outras iam começando, eu fui percebendo que era muito mais do que apenas bom. O cara tem uma voz limpa, e é inegável que cantava com sentimento. Sei que isso é uma descrição pobre e meio decepcionante, mas é basicamente o que eu tenho a dizer sobre Jeff Buckley. Acho que não consigo descrever muito em palavras porque a música dele é sentimento. Ele te transporta pra algum lugar que eu não sei exatamente qual é, mas que te deixa nostalgicamente feliz. A voz desse cara é de uma perfeição incrível.


Fica a dica. Ouça Jeff Buckley, porque vale a pena. Acho que não é necessário um motivo maior.



[não resisti e coloquei mais uma foto. afinal, o cara era muito bonito.]

 

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