quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Os melhores de 2009

Depois de fazer uma seleção - mais fácil do que eu pensava que seria - escolhi algumas bandas para fazer uma pequena retrospectiva de 2009. Afinal, o ano tá acabando e eu não posso deixar o WNLC sem o último post de Dezembro, não é?

Meu critério de seleção foi bem simples: escolhi as melhores bandas que conheci neste ano, ou ainda, as que tiveram muita importância de algum modo. Devo a maioria dessas descobertas à e., primeiro com o extinto lado e., que foi oficialmente o blog que me fez perceber que eu gostava não apenas de ouvir música, mas também de falar sobre música e compartilhar isso. E agora com o doo woop, novinho e pronto pra trazer mais coisas boas.

Ok, para ser mais justa e não fazer um “top sei lá o quê”, coloquei em ordem alfabética. Assim, não há uma melhor do que a outra. E também não vou me estender muitos em bandas das quais já falei em posts passados.

Enfim, divirtam-se.


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Arcade Fire

Arcade Fire tem um som experimental que me pegou na primeira vez que ouvi. Afinal, como diz a e., os canadenses não cansam em produzir música de qualidade.

Clique aqui para saber mais.

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DeVotchKa

Aaah, DeVotchKa. Essa banda sim merecia um post só pra ela, mas tudo ao seu tempo.

DeVotchKa foi literalmente a primeira coisa que vi no lado e. Em dois dias eu já tinha baixado tudo que tinha lá da banda (seis álbuns, anyway), e já tinha me tornando fã absoluta. Assim como Beirut, DeVotchKa veio do Sudoeste americano, aqueles estados próximos ao México. Talvez daí venha a influência latina que, por sinal, não é a única. Formado por Nick Urata, Tom Hagerman, Jeanie Schroder e Shawn King, as músicas usam e abusam de violinos e acordeons, fazendo um som mais grandioso e orquestral do que se costuma ver no folk. A voz de Nick Urata pode ser um pouco estranha no começo, mas depois de perceber como ela é única tudo fica bem. As composições são bastante dramáticas, algumas até eufóricas, tornando impossível não se emocionar ao ouvi-las.

DeVocthKa é pra vida.

Onde baixar: aqui.

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Diablo Swing Orchestra

Eis o lado pesado – e dark – da força. Guitarras, ópera, tango, lirismo? Só vai ouvindo.

Clique aqui para saber mais.

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Jeff Buckley

Uma morte prematura e um talento imenso que foi deixado aqui com o álbum Grace (1994). Jeff Buckley é mais um daqueles caras que mereciam estar vivos para continuar fazendo o que sabem fazer de melhor: arte.

Clique aqui para saber mais.

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Mombojó

Ok, não sou muito de procurar avidamente por rock nacional, já que muita coisa decepciona lindamente, mas nesse ano eu tive sorte. A melhor foi Mombojó, de Pernambuco, com esse som à la Los Hermanos Bossa Nova Surf Music.

Clique aqui para saber mais.

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Porcupine Tree

Qualidade. Ouça, veja, respire qualidade.

Misturar e se dar bem na mistura não é pra qualquer um. Com rock progressivo, psicodélico, heavy metal e eletrônica, Porcupine Tree faz parte do grupo das bandas que dão certo. Ah, e adicionando à mistura o vocal que lembra o Thom Estou Sofrendo Yorke (é, eu acho, e não sou a única).

Ah, são ingleses.


Onde baixar: aqui.

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Regina Spektor

Pode ser estranha num primeiro momento, mas a música dela te conquista se você abrir uma brechinha e for ouvindo, ouvindo, ouvindo...

Clique aqui para saber mais.

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Starsailor

Starsailor segue da linha do indie rock mais calmo de Coldplay, Travis e derivados. Piano, melancolia, elegância... Ah, eles são ingleses.

Até hoje sou loucamente apaixonada pelo primeiro álbum, o Love Is Here (2001). Os outros também são ótimos, mas esse primeiro é a coisa mais linda e triste do mundo.

Onde baixar: aqui.

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String Quartet

O String Quartet, na verdade, é formado por vários grupos de músicos patrocinado pela Vitamin Records para fazer tributos em quarteto de cordas clássico para várias bandas. Sim, eles transformam todo tipo de som em música clássica. Lindo, não?

São muitos, muitos, muitos tributos. E o meu favorito até o momento é o Strung Out On Ok Computer (2001).


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Vive La Fête

Sim, um dos melhores do ano. A dupla belga de música eletrônica é, de longe, a melhor que já ouvi até hoje nesse estilo. Tudo bem que não conheço tanto assim de eletrônica, mas mesmo assim já é alguma coisa –q

Clique aqui para saber mais.

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Yann Tiersen
E, finalmente, o Yann. Conheci através da trilha sonora d’O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, que é toda dele (exceto umas duas músicas, mas vá lá...). Ele é um multinstrumentista francês que compõe para acordeon, piano e violino, e cada música é mais delicada que a outra. A trilha de Good Bye, Lenin! também é dele.

Onde baixar:

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain – Soundtrack

Adeus, Lênin! – Soundtrack

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Olha, eu espero que isso tenha sido um guiazinho útil, porque eu paguei todos os meus pecados pra colocar essas imagens no post.

Enfim, até ano que vem. Espero voltar com as indicações que foram feitas - na caixinha ou fora dela - logo em Janeiro.

Feliz 2010.
domingo, 13 de dezembro de 2009

John Lennon

Ontem eu estava lendo uma revista – creio que tenha sido a Época – e lá havia uma matéria sobre Paul McCartney e seu novo álbum. E eu, como beatlemaníaca desde o berço, obviamente li. Na coletiva para a imprensa, uma das perguntas que Paul respondeu foi: “Que música sua você gostaria que John cantasse?” Ele respondeu: “Maybe I’m Amazed.

Daí um jornalista brasileiro – o cara da Época – fez a seguinte pergunta: “Se tivesse de escolher apenas uma música pela qual ser reconhecido no futuro, qual seria e por quê?”

Paul respondeu: “Maybe I’m Amazed. Porque seria cantada pelo John.”

Ok, isso tudo é pra falar, realmente, sobre John Lennon. Sim, o próprio. O dos Beatles, o da voz anasalada, o da Yoko Ono e o dos óculos redondos.

Afinal, pra quem não sabe, ele foi assassinado no dia oito de dezembro de 1980, há exatos vinte e nove anos e cinco dias atrás. O dia em que o sonho definitivamente acabou. Nunca mais haveria a volta dos Beatles, e nunca mais haveria Lennon.

John é, como Jeff Buckley e George Harrison, um artista pelo qual eu sempre me entristeço ao lembrar que morreu. E, pior, de uma maneira tão estúpida e tão cedo. Ele podia estar aí, como Paul e Ringo. Com ou sem Yoko. Protestando contra as guerras mais recentes, o aquecimento global e cantando Maybe I’m Amazed para o Paul.

O mais fascinante de tudo talvez seja a atemporalidade. Quero dizer, estamos aqui, vinte e nove anos depois. Eu nem sequer tinha nascido quando Lennon morreu, mas sinto falta dele. Sinto falta dos Beatles e das músicas de Lennon/McCartney e, numa escala mais geral, das décadas de 60 até 80. Eu nunca estive lá, e você talvez também não. E, no entanto, é como se estivesse.

Esse é o maior legado dos Beatles e, por extensão, de cada um deles. De John Lennon.

 

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