Na madrugada de anteontem, restando apenas duas horas para que o meu sono viesse e desesperada pra ouvir algo novo, eu fiquei fuçando no lado e. até encontrar uma banda que eu vivia me prometendo ouvir, mas nunca ouvia: Moptop. Nessa mesma madrugada, também ouvi mais duas outras bandas brasileiras recentes, e pensei que seria legal fazer logo uma série pra elas. Daí surgiu essa trilogia From Brazil (título tosco, não?).
Todo mundo sabe que o Brasil produz música de qualidade. Aliás, assim como a Grã-Bretanha (que comparação, hein!), nós temos uma capacidade natural de produzir um som agradável. O problema é que muitas vezes algumas bandas não passam disso: são apenas agradáveis. Nada mais.
Eu defendo que cantor brasileiro tem que cantar em português. Que a Mallu Magalhães deve esquecer um pouco a estátua do Bob Dylan e os óculos esquisitos e aproveitar a voz em músicas em português, investir num som mais brasileiro.
Mas o assunto agora não é exatamente esse.
Moptop é uma banda carioca de rock alternativo formada em 2003. Eles já têm uma boa notoriedade, e não é só aqui: já abriram shows de bandas importantes como Interpol, Oasis e Keane. Ganharam uma porrada de prêmios, foram colocados entre as cinco melhores bandas do mundo (!), e tudo o mais. Como outras tantas bandas, começaram cantando em inglês, com o nome de DeLux. Só em 2004 foi que mudaram o nome da banda para Moptop, em homenagem ao corte de cabelo dos Beatles.
Eles são bons mesmo. Quando começou a tocar a primeira faixa do álbum (Moptop, 2006), a primeira coisa que me veio à cabeça foi: The Strokes! Pois é. Tem as guitarras dos Strokes, a batida pausada do Franz e um vocal a la Los Hermanos, com uma pitada de Ramones pra completar a mistura.
Na minha opinião, a banda emplacou "fácil" porque a fórmula é a de sempre: um som legal aliado à letras fáceis que se encaixam na Malhação. Não estou dizendo com isso que Moptop é ruim ou sem graça. Eu gostei mesmo. Só não engoli direito essa influência enorme de Strokes, mas eu supero.
Afinal, eles só lançaram dois álbuns até agora e têm tempo de sobra pra dar uma amadurecida básica no som. Já começaram bem. Se fosse pra dizer alguma característica que os difere de outras bandas, eu diria que é a voz do Gabriel Marques. Gosto desse tom meio abafado, e às vezes um tanto rasgado, que faz a diferença.
O Brasil não ia ficar de fora dessa onda indie, não é? Se bem que hoje, isso virou generalização. Qualquer coisa é chamada de indie. De um jeito ou de outro, esse som marcou a década e gerou suas crias. Vamos ver o que nos aguarda nos próximos dez anos.
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Na próxima parte: Mombojó [que eu adoro]
5 comentários:
Eu não gosto muito de Moptop. Das bandas mais jovens que eu conheço as únicas que gosto são Forfun e Vanguart^^
Se bem que eu conheço poucas do moptop :P
bjs
;**
Nossa Moptop é muito bom mesmo! Melhor banda nacional na minha e na iopinião de muita gente que escuta rock brasileiro desde os anos 80. O segundo disco tem bem menos influencia dos Strokes/Franzs/Kings of Leon e similares.
Adorei seu blog! Acompanharei!
Beijos e Parabens!!!
Munca ouvi, mas vou tentar ouvir...
E feliz dia dos amigos...
Fique com Deus, menina moony.
Um abraço.
Moony, você falou tudo...
por que a Mallu Magalhães não esquece um pouco o Bob Dylan e canta musicas em portugues.
Ela compõe também né? Podia fazer umas musiquinhas no nosso idioma.
Pra dizer a verdade, verdadeira... não gosto dela, mas de repente se ela cantasse musicas em português e não pintasse o rosto daquele jeito (não sei o que tenho contra isso, mas, sei lá, é meio muito forçado)
Affe.... estou criticando ela (tenho que para com isso - maniaaa)
Serio, ela canta bem, mas podia cantar em português também.
Prontofalei.
Acho que é isso.
Adorei o blog, sempre leio, mas não comento muito por que sou totalmente alienado a musica, conheço muito pouco (só o basico - pra falar a verdade) Masss, confesso que quando leio seu blog aproveito pra baixar algumas musicas e ver se gosto e estou gostando de muitas!
Só não vou baixar a Mallu em "Inglês estilo bob Dylan" ... hehehe
Beijo Moony.
moptop é legal pra caramba. e eu também não curto a mallu, menos ainda cantando em inglês. então apoio o movimento pra ela esquecer a estátua do dylan.
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